segunda-feira, 27 de abril de 2009

algumas poucas, mas muitíssimo boas!

Finda a maratona das filmagens do "Poeta Urbano", de Antônio Carrilho!

http://www.youtube.com/watch?v=3c7ZGN2Rht0
O vídeo foi gravado em um dos intervalos das filmagens, dentro do bar de Darcy. Música "Por Quê?", da banda Ave Sangria - a trilha sonora oficial!


Início da maratona do Cine PE! Cobertura diária na Revista Zé Pereira - meia pernambucana, meia carioca.
www.revistazepereira.com.br

domingo, 26 de abril de 2009

Como se fosse um pedaço que ficara guardado por anos e anos, e eu sequer tinha consciência da sua existência. Mas só foi preciso um pequeno estalo... e o reconhecimento se encarregou de todas as outras partes.

I cannot be without you, matter of fact
I'm on your back.

http://www.youtube.com/watch?v=R2oTmdZ-Q7g

domingo, 12 de abril de 2009

A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna

Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.


Teresa - Manuel Bandeira

quarta-feira, 1 de abril de 2009

I

Era uma mulher. Dentro de tantas culturas esse fato poderia vir repleto de significados. Aqui, não. Era uma mulher, só. Sem qualidades, defeitos, vontades. Feições incrivelmente inexpressivas: não era possível atravessar seus olhos e descobrir mundos. Antes mesmo de chegar nos olhos, éramos parados pelos pés-de-galinha, olheiras, pelas sobrancelhas ralas. Nunca ninguém transpôs essas fronteiras.

Era uma mulher. Do tipo que mesmo fisicamente presente, nunca é vista.
Transparece devagar, mostrando primeiro uma finíssima camada que vai tomando forma, tomando forma...
Transparece e continua amorfa.

Era uma mulher idêntica a todas as outras e completamente diferente: sentia-se paradoxal.
Pena que não sabia o significado de paradoxal.