sexta-feira, 15 de junho de 2007

[Da série: conversas de ônibus]


-Primeiro dia e a mulher já foi pra cama comigo, achei nada a ver, se ela quisesse alguma coisa comigo de verdade, não faria isso.
-É, é mesmo um absurdo. Eu já fiz isso, mas hoje pra dá pro cara eu tenho que conhecer bem...
-Não, não faça isso não! (com tom de conselho e desaprovação)



Um viva ao (falso) moralismo!

terça-feira, 5 de junho de 2007

Dogville


Como passei o domingo em casa, resolvi alugar uns filmes pra diminuir o tédio e o vício de internet. Assisti alguns, mas sem dúvida o que mais me chamou a atenção foi "Dogville". Simples e estarrecedor. O filme, que aparentemente é tedioso, te leva a todos os tipos de emoção em poucos minutos: raiva, compaixão, angústia, tristeza...A falta de cenário é preenchida com atuações marcantes; a narração, em vez de transforma-lo em sacal, torna-se indispensável à proposta do filme, deixando os diálogos mais curtos e densos. Se for pra citar cada detalhe que me tirou o sono na madrugada que se seguiu, provavelmente não vou sair daqui hoje.

Não há mais o que ser dito, apenas visto.
Então, veja.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Bobagens de Junho

Junho sempre foi o mês que eu mais gostei e mais odiei.
Deve ser porque todo ano ele chega sorrateiro, assim como quem não quer nada, e de repente vai embora num piscar de olhos, fechando mais um (ciclo de vida) semestre e me fazendo esperar (ansiosa?) pelo próximo Junho.
Um mês singular. Teoricamente frio, mas pra mim: absurdamente quente.

Hoje ele ainda é de fogueiras, de fogos, de milho, de finais, de parabéns, de repensar e planejar. Antigamente era ir comprar traque de massa na barraquinha da praça, colocada ali especialmente para o são joão; era comer canjica, milho verde e pamonha; era ver minha avó fazer aquela panela monstruosa de canjica e sair dividindo com os vizinhos; era sair correndo quando o vizinho soltava o "vulcão", mas ficar olhando da janela da sala morrendo de vontade de fazer também; era ter que fechar todas as portas e janelas por causa da fumaça; era preparar tudo para aquela comemoração do finalzinho de Junho; era uma espera ansiosa para ver o meu pai batendo na minha porta (mas esse só chegava no outro mês); era de ter mais certeza ainda que matemática nunca fora meu forte; era...?

Era.