sábado, 29 de setembro de 2007

E depois

Os labirintos
que cria o tempo
se desvanecem.

...(Só fica
o deserto)

O coração
fonte do desejo
se desvanece.

...(Só fica
o deserto)

A ilusão da aurora
e os beijos
se desvanecem.

Só fica
o deserto.
Um ondulado
deserto.



Federico García Lorca

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Aos 18 descobri que tinha um probleminha no coração. Nada realmente grave, mas que me impedia de fazer certas coisas...Amar era uma delas.
Segundo o médico a doença se atrubuía a sérias palpitações que tive anos antes; naquela época meu coração havia batido o que corresponderia por dez anos da vida de um humano normal. Desde então, ele não conseguia alcançar níveis muito acelerados de palpitações, e provavelmente não conseguiria pelos próximos dez anos.
"Minha querida, não perca seu tempo tentando reavivar tal órgão, pois por ora seria inútil."
Alarmada com a revelação, comecei a fazer um filme em minha cabeça e constatei que todas as vezes que ousei me apaixonar nos últimos tempos, ouvi apenas um ou dois batimentos mais acelerados, meio suspiro e nenhum, digo Nenhum tremer de pernas. A princípio havia acreditado ser apenas uma fase...Mas nunca imaginei ser puramente cardiológico o meu caso.
Ao sair da clínica, um tanto perplexa, confesso, porém muito mais tranquila; fui me encaminhando à cidade em passos rápidos, tão rápidos que quando notei já tinha atravessado a Agamenon à passos que acabaria com o fôlego do melhor dos atletas e, sem dúvida mataria o pior dos fumantes. Chegando do outro lado já tinha a respiração ofegante...e o coração?! Maldito coração! De nada havia adiantado, pois ele já voltara ao normal em pouquíssimos segundos.
Não me dei por vencida! Logo comecei a praticar os esportes mais radicais, a correr os maiores riscos...Não tinha jeito! Ele estava tão quieto no seu canto que nem um passeio nos Coelhos em pleno sábado à noite adiantou de muita coisa.
Enfim me conformei.
Hoje convivo até bem com minhas quase inexistentes palpitações; só não gosto de comentar sobre esse causo por aí, afinal quem vai achar normal uma mulher que dificilmente é despertada por um bater mais afoito do seu coração, ou até mesmo incapaz de um suspirar mais profundo e de uns trimiliques de vez em quando...?!

[...]

Daqui a dez anos a gente conversa...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Diretamente da pizzeria do senado...


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conseguiu evitar a perda do seu mandato de senador nesta quarta-feira (12). O relatório que pedia sua cassação foi rejeitado pelo plenário da Casa por 40 votos pela absolvição, 35 pela cassação e 6 abstenções. Eram necessários 41 votos para que ele fosse cassado.


Renan Calheiros era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do

lobista Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Junior.

No Conselho de Ética, Renan não conseguiu provar que o dinheiro utilizado para o pagamento de pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, que teve uma filha com o senador, tem origem em negócios agropecuários.

A Polícia Federal (PF) encontrou contradições nos documentos da defesa. O órgão disciplinar do Senado aprovou parecer, cujo texto afirma que Renan mentiu ao Congresso na sua justificativa de renda.

Renan ainda sofre outros dois processos no Conselho de Ética.



A minha pode ser de quatro queijos com borda de catupiry?!