Junho sempre foi o mês que eu mais gostei e mais odiei.
Deve ser porque todo ano ele chega sorrateiro, assim como quem não quer nada, e de repente vai embora num piscar de olhos, fechando mais um (ciclo de vida) semestre e me fazendo esperar (ansiosa?) pelo próximo Junho.
Um mês singular. Teoricamente frio, mas pra mim: absurdamente quente.
Hoje ele ainda é de fogueiras, de fogos, de milho, de finais, de parabéns, de repensar e planejar. Antigamente era ir comprar traque de massa na barraquinha da praça, colocada ali especialmente para o são joão; era comer canjica, milho verde e pamonha; era ver minha avó fazer aquela panela monstruosa de canjica e sair dividindo com os vizinhos; era sair correndo quando o vizinho soltava o "vulcão", mas ficar olhando da janela da sala morrendo de vontade de fazer também; era ter que fechar todas as portas e janelas por causa da fumaça; era preparar tudo para aquela comemoração do finalzinho de Junho; era uma espera ansiosa para ver o meu pai batendo na minha porta (mas esse só chegava no outro mês); era de ter mais certeza ainda que matemática nunca fora meu forte; era...?
Era.
junho te dá aquele 'seligue' de praticamente meio do ano, de ansiedade pelas férias, junho é um mês bem turbulento e bem nostálgico.
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